terça-feira, junho 19, 2012

Conheça um pouco mais sobre os peelings químicos e físicos















O termo peeling vem do inglês “pelar” ou seja, tirar a pele. É um dos procedimentos dermatológicos estéticos mais antigos que se tem notícia, sendo utilizado desde o Egito antigo, quando as mulheres banhavam-se com leite fermentado para amaciar a pele, ainda que não soubessem que estavam usando o ácido láctico.

Existem várias classificações de peelings: conforme o tipo de material utilizado (químico, físico, laser), a profundidade (de superficial a profundo) e mesmo de acordo com as indicações e áreas do corpo a serem tratadas (rejuvenescimento facial, cicatrizes de acne, estrias).

Como o inverno se aproxima e as pessoas tendem a procurar mais por estes procedimentos, as dúvidas aparecem, principalmente sobre qual o peeling mais indicado. Neste post vou tentar explicar as principais diferenças e os peelings mais utilizados no momento, mas vale lembrar que a avaliação médica individual é imprescindível para a escolha do melhor método. É importante ressaltar que quanto mais profundo o peeling, melhor o resultado, porém maior o risco de complicações como manchas e cicatrizes, e portanto maior a experiência seu médico deve ter.

Peelings químicos: são os mais tradicionais. Geralmente são utilizados os ácidos glicólico, retinóico, salicílico e tricloroacético, combinados ou não, e com concentrações variadas, de acordo com a profundidade que desejamos penetrar na pele. Tem a vantagem de serem mais baratos (se comparados com os laseres), permitem inúmeras combinações e tratar praticamente todos os tipos de pele e patologias. A desvantagem é a relativa falta de controle na penetração, ou seja, não conseguimos fazer o ácido penetrar exatamente na profundidade que queremos. Outra desvantagem é a recuperação prolongada nos peelings médios e profundos. Os peelings químicos que mais utilizo no momento são os combinado de Jessner (para tratamento de acne, por conter ácido salicílico), ácido retinóico para esfoliação superficial e o Cosmelan, para tratamento de melanoses e melasmas.

Peelings físicos: são os que promovem a esfoliação por algum agente mecânico. Já foram utilizadas lixas d´água no passado (sim, aquelas de construção civil), e mesmo a esfoliação que você faz com sabonetes que contem aqueles pequenos grânulos é considerado um peeling físico. Atualmente o peeling físico mais conhecido e utilizado é a microdermoabrasão, ou o peeling de cristal. Este tratamento consiste na esfoliação utilizando um equipamento que emite um jato de microcristais de óxido de alumínio, que em contato com a pele, promovem a esfoliação da superfície. Tem a vantagem de ser bastante seguro, sem necessidade de afastamento de suas atividades, afinal não há descamação ou irritação da pele e a principal desvantagem é a limitação na profundidade, sendo considerado um peeling bem superficial (pode ser aprofundado com a utilização de maior potência, com uma manopla específica, indicado para tratamento de estrias, por exemplo)

Peelings a laser: apesar de ser um tipo de peeling físico, na maioria das vezes entram numa categoria à parte. Atualmente com os laseres fracionados (CO2, Erbium, 1340nm, 2940nm) esta categoria voltou com força total e ganhou espaço dos peelings químicos médios e profundos. A principal vantagem é a segurança nos resultados, já que o equipamento pode ser programado para que o feixe de laser penetre exatamente na profundidade que desejamos, e esta programação pode ser alterada em cada região a ser tratada. A recuperação também é significativamente mais rápida e confortável se comparada a um peeling químico na mesma profundidade e o índice de complicações muito baixo.
A desvantagem é o alto custo e a necessidade de boa experiência do médico para que ele
possa programar devidamente o equipamento. Os peelings a laser podem ser feitos em áreas como pescoço, colo e pálpebras, com total segurança.

Algumas orientações valem para todos os tipos de peelings:

- Usar sempre hidratantes e filtro solar antes e depois do procedimento
- É sempre interessante preparar a pele por pelo menos duas semanas antes do peeling
com o uso de um ácido prescrito por seu médico em casa. Este preparo vai diminuir as chances de hiperpigmentação pós inflamatória (manchas pós peelings), vai uniformizar a espessura das camadas da pele– com isso o peeling tende a ter o homogêneo, além de acelerar a recuperação da pele
- Informar seu médico caso esteja grávida, se já tiver história de herpes labial, diabetes ou alguma doença crônica ou se tiver tomado isotretinóina há menos de 6 meses.
- Procurar um profissional capacitado e seguir as orientações rigorosamente, assim como agendar retornos e utilizar os produtos conforme indicados.

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