O termo peeling vem do inglês “pelar” ou seja, tirar a pele.
É um dos procedimentos dermatológicos estéticos mais antigos que se tem
notícia, sendo utilizado desde o Egito antigo, quando as mulheres banhavam-se
com leite fermentado para amaciar a pele, ainda que não soubessem que estavam
usando o ácido láctico.
Existem várias classificações de peelings: conforme o tipo
de material utilizado (químico, físico, laser), a profundidade (de superficial
a profundo) e mesmo de acordo com as indicações e áreas do corpo a serem
tratadas (rejuvenescimento facial, cicatrizes de acne, estrias).
Como o inverno se aproxima e as pessoas tendem a procurar
mais por estes procedimentos, as dúvidas aparecem, principalmente sobre qual o
peeling mais indicado. Neste post vou tentar explicar as principais diferenças
e os peelings mais utilizados no momento, mas vale lembrar que a avaliação
médica individual é imprescindível para a escolha do melhor método. É
importante ressaltar que quanto mais profundo o peeling, melhor o resultado,
porém maior o risco de complicações como manchas e cicatrizes, e portanto maior
a experiência seu médico deve ter.
Peelings químicos: são os mais tradicionais. Geralmente são
utilizados os ácidos glicólico, retinóico, salicílico e tricloroacético, combinados
ou não, e com concentrações variadas, de acordo com a profundidade que
desejamos penetrar na pele. Tem a vantagem de serem mais baratos (se comparados
com os laseres), permitem inúmeras combinações e tratar praticamente todos os
tipos de pele e patologias. A desvantagem é a relativa falta de controle na
penetração, ou seja, não conseguimos fazer o ácido penetrar exatamente na
profundidade que queremos. Outra desvantagem é a recuperação prolongada nos
peelings médios e profundos. Os peelings químicos que mais utilizo no momento
são os combinado de Jessner (para tratamento de acne, por conter ácido salicílico),
ácido retinóico para esfoliação superficial e o Cosmelan, para tratamento de
melanoses e melasmas.
Peelings físicos: são os que promovem a esfoliação por algum
agente mecânico. Já foram utilizadas lixas d´água no passado (sim, aquelas de
construção civil), e mesmo a esfoliação que você faz com sabonetes que contem
aqueles pequenos grânulos é considerado um peeling físico. Atualmente o peeling
físico mais conhecido e utilizado é a microdermoabrasão, ou o peeling de cristal. Este tratamento consiste na esfoliação utilizando um equipamento que
emite um jato de microcristais de óxido de alumínio, que em contato com a pele,
promovem a esfoliação da superfície. Tem a vantagem de ser bastante seguro, sem
necessidade de afastamento de suas atividades, afinal não há descamação ou
irritação da pele e a principal desvantagem é a limitação na profundidade,
sendo considerado um peeling bem superficial (pode ser aprofundado com a
utilização de maior potência, com uma manopla específica, indicado para
tratamento de estrias, por exemplo)
Peelings a laser: apesar de ser um tipo de peeling físico,
na maioria das vezes entram numa categoria à parte. Atualmente com os laseres
fracionados (CO2, Erbium, 1340nm, 2940nm) esta categoria voltou com força total
e ganhou espaço dos peelings químicos médios e profundos. A principal vantagem
é a segurança nos resultados, já que o equipamento pode ser programado para que
o feixe de laser penetre exatamente na profundidade que desejamos, e esta
programação pode ser alterada em cada região a ser tratada. A recuperação
também é significativamente mais rápida e confortável se comparada a um peeling
químico na mesma profundidade e o índice de complicações muito baixo.
A desvantagem é o alto custo e a necessidade de boa
experiência do médico para que ele
possa programar devidamente o equipamento. Os peelings a
laser podem ser feitos em áreas como pescoço, colo e pálpebras, com total
segurança.
Algumas orientações valem para todos os tipos de peelings:
- Usar sempre hidratantes e filtro solar antes e depois do
procedimento
- É sempre interessante preparar a pele por pelo menos duas
semanas antes do peeling
com o uso de um ácido prescrito por seu médico em casa. Este preparo vai
diminuir as chances de hiperpigmentação pós inflamatória (manchas pós
peelings), vai uniformizar a espessura das camadas da pele– com isso o peeling
tende a ter o homogêneo, além de acelerar a recuperação da pele
- Informar seu médico caso esteja grávida, se já tiver
história de herpes labial, diabetes ou alguma doença crônica ou se tiver tomado
isotretinóina há menos de 6 meses.
- Procurar um profissional capacitado e seguir as
orientações rigorosamente, assim como agendar retornos e utilizar os produtos
conforme indicados.
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